Danielli Cristina Kutschenko; Tainan Messina. 2012. Acianthera aphthosa (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo na Mata Atlântica, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Barros et al., 2011).Porém Gonçalves e Waechter (2011) afirmam que a espécie é encontrada em duas áreas disjuntas: do México até a Bolívia e de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.A espécie foi coletada em uma comunidade Guarani no departamento de Eldorado, na província de Missiones, no estremo norte da Argentina, quase divisa com o Brasil (Keller; Clifford; Araujo, 2010). De acordo com Ribeiro, Köhler e Boelter (2006), a faixa altitudinal de ocorrência da espécie é entre 250 e 1.450 m
<i>Acianthera aphtosa</i> é uma espécie que ocorre em ambientes de Mata Atlântica nos Estados do Sul e Sudeste do Brasil entre 250 e 1450 m de altitude. Possui uma EOO de 394.358,54 km². É considerada comum na Serra do Japi, no Estado de São Paulo (Pansarin; Pansarin, 2008) e no Cinturão Verde do Município de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, uma área protegida (Ribeiro <i>et al.,</i> 2006). Apesar da espécie ocorrer em áreas de grande interferência antrópica, é encontrada em diferentes tipos florestais e apresenta uma distribuição ampla. Desta forma, <i>A. aphtosa</i> é uma espécie Menos preocupante (LC). Porém, maiores estudos populacionais e de exploração poderão futuramente levá-la a uma nova avaliação.
Esta espécie apresenta como particularidade a estrutura da inflorescência, que é alongada próximo à base e torna-se encurtada no ápice. Assim, as flores basais em relação ao eixo da inflorescência são afastadas umas das outras e têm pedicelos claramente formados, enquanto as situadas no ápice são sésseis e surgem de um único ponto. Descrita em 1838 como Pleurothallis aphthosa, foi sinonimizada com A. aphthosa em 2001 (Gonçalves; Waechter, 2011).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Habitat Loss/Degradation (human induced) | |||||
Em virtude de sua localização, entre dois grandes centros (Campinas e São Paulo) e circundada por regiões densamente povoadas,a Serra do Japi vem sofrendo, ao longo de praticamente toda sua extensão, grande interferência por ação antrópica. As florestas mesófilas estacionais semidecíduas estão sendo devastadas no interior do estado de São Paulo,muitas vezes pelo avanço de lavouras de cana-de-açúcar (Pansarin; Pansarin, 2008) |
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.4.6 Dam | |||||
A mata ciliar do estreito de Augusto César, área de ocorrência da espécie, foi encoberta com o reservatório da Usina Hidroelétrica de Itá (Rogalski; Zanin, 2003) |
Ação | Situação |
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1.2.1.3 Sub-national level | on going |
A espécie foi considerada Criticamente Ameaçada (CR) na Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007). |
Ação | Situação |
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4.3 Corridors | on going |
A espécie ocorre no Corredor Araucária de Biodiversidade, no Estado do Paraná (Bonnel, Lavoranti; Curcio 2009). |
Ação | Situação |
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4.4 Protected areas | on going |
Cinturão Verde do Município de Sant Cruz do Sul. De acordo com Alves e Colischonn (2001) apud Ribeiro, Köhler; Boelter (2006) este local trata-se de uma área de preservação permanente com cerca de 465 ha. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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Ornamental | ||
De acordo com Keller, Clifford; Araujo (2010) a espécie é utilizada como ornamental. |